quarta-feira, 20 de setembro de 2023

Luta pela Sobrevivência

A vida pode ser desfrutada com qualidade.

Charles Evaldo Boller


Mesmo que entre as criaturas da biosfera exista luta permanente, quando uma alimenta-se do corpo da outra para sua sobrevivência, a atitude do homem, em resultado de sua capacidade de pensar, por empatia para com seus semelhantes, deveria ser mais benevolente, mais condescendente e prevalecer mais respeito.

A análise torna o estudante sábio quando deduz que as melhores virtudes afloram enquanto não ocorre luta pelo espaço vital e o meio de sustentação da vida; muitas criaturas disputando o mesmo espaço e recursos despertam os mais cruéis instintos selvagens, daí a necessidade de diminuir a prole ser algo a plantar na mente de todos.

Se isto não ocorrer e o esgotamento da natureza levar ao colapso, a capacidade de pensar livremente de nada mais servirá, pois o frágil sistema econômico mundial vai falir e as dores de aflição serão progressivas em violência até encontrar seu ponto de equilíbrio: matando a maioria dos pobres. A natureza será igualmente mortal para obter o equilíbrio, mesmo que para isto mais uma espécie deva ser extinta: o próprio homem.

Resta ao livre pensador usar o que está desenhado no projeto do Grande Arquiteto do Universo onde consta uma fórmula para derramar sabedoria na mente de todos os homens de boa vontade. Sabe-se perfeitamente decifrar esta fórmula, está escrita claramente na mente e no coração de todos os homens, é só buscar e praticar. Colocar fé na possibilidade dos sofrimentos resultantes das convulsões do agonizante sistema econômico mundial seja minimizado pela prática daquilo que existe latente em cada ser humano e até nos animais. Ter esperança que a ação da Maçonaria e outras instituições assemelhadas sejam bem sucedidas em formar o maior número possível de homens e lideranças para acelerar o aporte do salto de inspiração, do insight que livrará a todos das crises que assolam a sociedade. Todos os homens, e não apenas os maçons, sabem do que se trata! Teimosamente o homem insiste em esquecer-se da prática da atitude que poderia melhorar a efêmera existência neste sistema de coisas. Que a crise de esquecimento passe e seja logo esquecida!

Enquanto isto convém lembrar-se do prazer que sentem os carnívoros quando bebem do sangue das outras criaturas que com seus corpos os alimentam! Ao devorar um belo pedaço de picanha, qual o homem que naquele momento pensa que aquilo que está ingerindo é o cadáver de outra criatura criada pelo sistema do Grande Arquiteto do Universo para a manutenção da vida? Poucos! Pense no caranguejo, ostras e mariscos que são cozidos vivos para servir de alimento! Insensíveis, continuaremos a comer da carne uns dos outros para sobreviver, é criatura comendo a outra porque assim nos foi transmitido pela evolução das criaturas vivas desta biosfera. Ao menos com nossos assemelhados deveríamos usar de empatia e minimizar a miséria e o sofrimento, mesmo que a solução para manter o equilíbrio do sistema de suporte da vida seja a morte de todas as criaturas.

A solução para boa convivência consiste no amor fraterno que pavimenta o caminho em direção a um futuro promissor, repleto de felicidade para as criaturas. Este sim tem a capacidade de solucionar todos os problemas da humanidade. Grandes pensadores e iniciados, em todos os tempos já o divisaram como a única solução para obter convivência pacífica até que a morte venha e nossos corpos sejam dados como alimento para outras criaturas sobreviverem por mais uns tempos até que a sua vez também chega para alimentar outras criaturas em círculos fechados a que denominamos ecossistemas.

O Grande Arquiteto do Universo escreveu em nosso DNA, em nossa mente a solução para uma vida com qualidade; é só praticar o amor fraterno para com tudo o que nos cerca porque estamos em equilíbrio e devemos respeitar os limites impostos pela natureza. Caso contrário, desapareceremos como espécie ou até destruiremos nossa biosfera, o nosso lindo jardim do éden que vaga pelo espaço infindo a um destino desconhecido que só o Grande Arquiteto do Universo sabe. Somos todos tripulantes desta linda nave espacial linda e azul feita do nada para nosso usufruto enquanto ser.


Bibliografia

1. ABBAGNANO, Nicola, Dicionário de Filosofia, Dizionario DI Filosofia, tradução: Alfredo Bosi, Ivone Castilho Benedetti, ISBN 978-85-336-2356-9, quinta edição, Livraria Martins Fontes Editora limitada., 1210 páginas, São Paulo, 2007;

2. BOURRICAUD, François; BOUDON, Raymond, Dicionário Crítico de Sociologia, tradução: Durval Ártico, Maria Letícia Guedes Alcoforado, ISBN 978-85-0804-317-0, segunda edição, Editora Ática, 654 páginas, São Paulo, 2007;

3. GEORGE, Susan, O Relatório Lugano, Sobre a Manutenção do Capitalismo no Século XXI, título original: The Lugano Report, tradução: Afonso Teixeira Filho, ISBN 85-85934- 89-1, primeira edição, Boitempo Editorial, 224 páginas, São Paulo, 1999;

4. MASI, Domenico de, Criatividade e Grupos Criativos, título original: La Fantasia e lá Concretezza, tradução: Gaetano Lettieri, ISBN 85-7542-092-5, primeira edição, Editora Sextante, 796 páginas, Rio de Janeiro, 2003;

5. MASI, Domenico de, O Futuro do Trabalho, Fadiga e Ócio na Sociedade Pós-industrial, título original: II Futuro dei Lavoro, tradução: Yadyr A. Figueiredo, ISBN 85-03-00682-0, nona edição, José Olympio Editora, 354 páginas, Rio de Janeiro, 1999;

6. ROUSSEAU, Jean-Jacques, A Origem da Desigualdade Entre os Homens, tradução: Ciro Mioranza, primeira edição, Editora Escala, 112 páginas, São Paulo, 2007;

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