quinta-feira, 28 de setembro de 2023

Conceito de Liberdade Maçônica

Limites da liberdade responsável do maçom;

Liberdade absoluta do pensamento.

Charles Evaldo Boller


Constituição Brasileira, 1988, Artigo quinto, "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade".

  • A Maçonaria é, essencialmente, uma instituição filosófica;
  • O caráter principal do maçom é ser livre e de bons costumes;
  • O objeto da Maçonaria é a ação moral;
  • Maçons fazem um estudo sereno e sério dos fenômenos históricos da religião e política;
  • Trabalham para o advento de novas ideias;
  • A inteligência é, para nós, a mais perfeita manifestação da vida;
  • Onde o ensino é permanente, não pela palavra do presidente e do orador, mas, principalmente, pelo trabalho do adepto;
  • A fecundação das ideias se faz no silêncio;
  • A amizade fraternal, que liga os bons maçons, é o laço de união da ordem maçônica.

O que vem a ser liberdade maçônica?

Em resumo, a liberdade maçônica preconiza o amor fraternal como única solução para todos os problemas da humanidade: sinônimo de liberdade; causa de igualdade; razão da fraternidade.

São três os aspectos onde se desfruta da mais ampla liberdade:

  • Consciência,
  • Espiritualidade
  • Pensamento.

Nenhum déspota pode mudar ou censurar o que se passa na mente do cidadão. Legisladores podem escrever as leis mais perfeitas que estas são nada perante a vontade individual. Apenas o próprio cidadão pode sabotar-se ou libertar-se no recôndito de seus processos mentais; é o trabalho na pedra bruta; o autoconhecimento. Daí ser lógico afirmar que a Maçonaria não dá nada para ninguém; todo progresso pessoal é resultado de esforço individual e intransferível. A liberdade jaz dormente na memória das pessoas, é parte do projeto da criatura, basta uma leve provocação para despertá-la; é o que ocorre nos debates entre os obreiros na sublime instituição. A Maçonaria entra com o sistema, o local, as ferramentas; o adepto com sua alma, coração e mente. Liberdade é resultado da convivência fraterna de pessoas em busca de sua liberdade individual.

Liberdade maçônica não é aquela em nome da qual já foram cometidos os mais perversos crimes, opressão, desajuste social, desequilíbrio e desilusão. Liberdade maçônica reside no pensamento. É nos processos cognitivos que qualquer cidadão torna-se absolutamente livre. É isto que o sistema da Maçonaria tenta, poucos o percebem, inculcar na mente de seus adeptos.

É pelo pensamento que a Maçonaria liberta o homem para sua função de edificador social.

É do pensamento, da conceituação deísta da Maçonaria, que nasce a noção, o conceito de Grande Arquiteto do Universo, a síntese de liberdade absoluta e que permite a convivência pacífica dos seres humanos.

É pelo amor fraterno que o homem torna-se digno do sopro de vida que anima seu trabalho sobre a superfície paradisíaca deste lindo planeta azul, o qual se desloca numa velocidade vertiginosa a um destino desconhecido.

Cabe a criatura fazer parte nesta viagem pelo espaço infindo desfrutando de liberdade absoluta em seu pensamento e de liberdade relativa em suas relações com as outras criaturas da biosfera terrestre.


Bibliografia

1. BRASIL, Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para a República Federativa do, Ritual do Grau 15 do Rito Escocês Antigo e Aceito, Cavaleiros do Oriente, da Espada e da Água, Segunda Série de Graus Históricos e Capitulares, primeira edição, Supremo Conselho do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito para a República Federativa do Brasil, 64 páginas, Rio de Janeiro, 1925;

2. CAMINO, Rizzardo da, Introdução à Maçonaria, Doutrina, História e Filosofia, ISBN 85-737-4876-1, primeira edição, Madras Editora limitada., 431 páginas, São Paulo, 2005;

3. CAMINO, Rizzardo da, Simbolismo do Primeiro Grau, Aprendiz, ISBN 85-7374-076-0, primeira edição, Madras Editora limitada., 188 páginas, São Paulo, 1998;

4. CHARLIER, René Joseph, Mosaico Maçônico, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha limitada., 224 páginas, Londrina, 1995;

5. LACERDA JÚNIOR, Luiz Antonio Grieco e, Maçonaria, Manual do Candidato, primeira edição, Grande loja do Estado de São Paulo, 119 páginas, São Paulo;

6. PETERS, Ambrósio, Maçonaria, Verdades e Fantasias, primeira edição, 252 páginas, Curitiba, 1927;

7. RIGHETTO, Armando, Maçonaria, uma Esperança, primeira edição, Editora Maçônica a Trolha limitada., 160 páginas, Londrina, 1992;

8. SOBRINHO, Octacílio Schüler, Maçonaria, Introdução Aos Fundamentos Filosóficos, ISBN 85-85775-54-8, primeira edição, Obra Juridica, 158 páginas, Florianópolis, 2000.

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