sexta-feira, 10 de outubro de 2025

Leis do Hermetismo no Pensamento Iniciático da Maçonaria

 Charles Evaldo Boller

Hermetismo e o Pensamento Iniciático

O Hermetismo constitui uma das mais antigas e universais tradições de sabedoria. Atribuído a Hermes Trismegisto, o "três vezes grande", ele representa a síntese das filosofias egípcia, grega e oriental que convergiram, no período helenístico, para formar uma ciência sagrada do espírito humano. O "Corpus Hermeticum", conjunto de tratados atribuídos a Hermes, apresenta-se como um diálogo entre a mente divina e o intelecto humano, revelando que o Universo é Mente, Energia e Luz, e que o homem é um microcosmo do macrocosmo, um reflexo do Todo.

A Maçonaria, como herdeira das escolas de mistério, assimilou esse legado ao longo dos séculos. As sete leis herméticas, ainda que não expressas formalmente em seus rituais, encontram correspondência simbólica nos ensinamentos maçônicos, sobretudo no Rito Escocês Antigo e Aceito, cuja estrutura filosófica reflete a ascensão do homem da ignorância à sabedoria. A busca pela Luz, tema central da iniciação, é, em essência, a busca pela compreensão dessas leis universais que regem a Criação e o próprio pensamento.

A filosofia maçônica e o Hermetismo se encontram, portanto, na unidade entre o conhecer e o ser. O Hermetismo fornece as chaves simbólicas, e a Maçonaria oferece o espaço ritualístico e ético para aplicá-las. Ambas se unem no propósito de reconduzir o homem ao seu estado primordial de consciência, ao reencontro com o Princípio Criador, o Grande Arquiteto do Universo.

Lei do Mentalismo - O Universo como Mente

O primeiro axioma hermético afirma: "O Todo é Mente; o Universo é mental." Essa proposição, que parece metafísica, antecipa descobertas da ciência moderna sobre a relação entre observador e realidade. A física quântica, por exemplo, sugere que o ato de observar altera o estado das partículas subatômicas, confirmando que a consciência participa ativamente da criação do real.

Na filosofia antiga, Platão já concebia o mundo sensível como projeção imperfeita do Mundo das Ideias, esfera inteligível que contém os arquétipos de todas as coisas. O mentalismo hermético apresenta essa visão: tudo o que existe é, antes de tudo, um pensamento divino manifestado. O homem, como imagem desse Todo, também cria por meio de sua mente. Cada pensamento é um ato construtivo, cada emoção um campo vibracional que molda a realidade interior e exterior.

Kant, na modernidade, reforça a ideia de que a mente organiza a experiência do mundo por meio de categorias apriorísticas. Assim, não conhecemos o "númeno"[1], mas apenas o fenômeno filtrado por nossa estrutura cognitiva. O Hermetismo, porém, vai além da epistemologia[2]: propõe que, ao expandir a consciência, o homem pode transcender o fenômeno e participar da mente divina. A meditação, a oração e o pensamento focado tornam-se, então, atos mágicos, isto é, atos de criação consciente.

No contexto maçônico, o Mentalismo manifesta-se na construção simbólica do Templo Interior. A Loja é a mente do iniciado, onde pensamentos, pedras brutas, são lapidados pelo raciocínio, pela moral e pela vontade. O venerável mestre representa a consciência diretora; os vigilantes, as forças complementares que equilibram e executam o plano. O Universo mental do maçom é o seu canteiro de obras. Pensar com clareza é edificar com retidão.

Lei da Correspondência - como é em Cima, é Embaixo

O segundo princípio hermético estabelece: "assim como é em cima, é embaixo; assim como é dentro, é fora." Essa lei revela a unidade fundamental entre todas as esferas do ser. O microcosmo humano reflete o macrocosmo cósmico, e o que ocorre na matéria é símbolo do que se passa no espírito.

Plotino, no século III, desenvolveu essa ideia ao afirmar que todas as coisas emanam do Uno e retornam a Ele. Nada está isolado; tudo é expressão do mesmo princípio. A alma do mundo e a alma humana[3] compartilham a mesma substância luminosa.

Na Maçonaria, essa correspondência se torna visível em cada detalhe do Templo. O chão quadriculado, o pavimento mosaico, simboliza a dualidade da manifestação, mas também a harmonia que surge da integração dos opostos. O teto estrelado reflete o firmamento, e as colunas B e J representam a ligação entre Terra e Céu. A Loja é o espelho do Cosmos, e o maçom é o microcosmo que o habita e o reflete.

A ciência moderna, especialmente a cosmologia e a biologia, confirma essa interdependência: as leis que regem o átomo regem também as galáxias. O átomo e o sistema solar são reflexos de um mesmo padrão fractal[4]. A correspondência hermética é, portanto, um princípio epistemológico[5]: conhecer o homem é conhecer o Universo. Por isso o mandamento délfico, "Conhece-te a ti mesmo", permanece a máxima da iniciação maçônica.

Lei da Vibração - Nada Está Parado

A terceira lei afirma que "nada está parado; tudo se move; tudo vibra." Essa proposição, que é transmitido pelo pensamento de Heráclito, vê o movimento como essência do ser. "Tudo flui", dizia o filósofo de Éfeso, "e nada permanece o mesmo." O Hermetismo retoma essa máxima sob a perspectiva energética: o Universo é vibração, e cada ser, cada substância, cada pensamento vibra em determinada frequência.

Na linguagem moderna, energia é movimento oscilatório. A matéria é apenas energia condensada, como afirmaria séculos depois Einstein, ao formular E = mc². O que percebemos como sólido é, em última instância, vibração organizada. A doença, a tristeza e a ignorância são estados vibracionais densos; a saúde, a alegria e a sabedoria, vibrações sutis.

Na Loja, a vibração manifesta-se nos rituais, nas meditações e nas palavras sagradas. Cada gesto, cada símbolo e cada som possui um ritmo próprio capaz de elevar ou rebaixar o campo energético coletivo. Quando os irmãos se unem em harmonia, suas vibrações se somam, criando um campo de energia benéfica, o "cordão de união" que liga os corações ao Grande Arquiteto do Universo, conceito maçônico conhecido como "egrégora"[6].

A Lei da Vibração também ensina que o silêncio é movimento interior. Assim como o átomo vibra incessantemente, o pensamento do homem é fluxo constante. Aprender a dominar a vibração mental é o segredo da serenidade e da criação consciente.

Lei da Polaridade - A Harmonia dos Opostos

O quarto princípio declara: "tudo é duplo; tudo tem polos; os opostos são idênticos em natureza, mas diferentes em grau." Esta lei recorda a dialética universal: não há luz sem sombra, nem calor sem frio. O bem e o mal, o amor e o ódio, a alegria e a dor são extremos de uma mesma realidade vibratória.

A filosofia de Aristóteles já indicava que a virtude reside no meio-termo, aurea mediocritas[7]. A polaridade, portanto, não deve ser negada, mas equilibrada. A Maçonaria traduz esse princípio em seu ideal de moderação: o maçom busca a harmonia entre Sabedoria, Força e Beleza, evitando os excessos e integrando as diferenças.

Na simbologia do pavimento mosaico, as pedras brancas e negras representam essa dualidade necessária à vida. O erro e o acerto, o vício e a virtude, coexistem como contrastes do método de ensino que instruem o iniciado. Assim como Hegel mais tarde explicaria na dialética do espírito, é na síntese dos contrários que surge o progresso da consciência.

A polaridade também manifesta a própria estrutura do ser humano: razão e emoção, corpo e alma, matéria e espírito. Negar um dos polos é mutilar-se. O equilíbrio é alquímico[8], a união dos opostos para gerar o ouro interior.

Lei do Ritmo - O Eterno Fluxo da Vida

O quinto princípio hermético diz: "tudo flui para fora e para dentro; tudo tem suas marés; tudo se eleva e cai." Essa é a lei do ritmo, que governa o movimento cíclico do Universo.

Os antigos já percebiam essa alternância nas fases da lua, nas estações, nas marés, na respiração e nos batimentos do coração. Heráclito e Parmênides, embora opostos, convergem nessa percepção: o ser é ao mesmo tempo movimento e permanência.

Na filosofia oriental, o ritmo aparece como o Tao, a alternância harmônica entre Yin e Yang. Na Maçonaria, o mesmo princípio é simbolizado pela alternância entre a Luz e as Trevas. As iniciações representam a descida ao caos e o retorno à ordem, morte e renascimento. O maçom aprende que cada queda é preparação para uma ascensão mais elevada.

O ritmo governa também a vida emocional: há tempos de entusiasmo e tempos de recolhimento. Saber respeitar esses ciclos é sabedoria hermética e maçônica. Assim como o sol nasce e se põe, o homem deve aceitar seus fluxos interiores como parte do grande movimento da Criação.

Lei de Causa e Efeito - A Ética do Universo

A sexta lei hermética ensina que "toda causa tem seu efeito; todo efeito tem sua causa." Nada ocorre por acaso; o acaso é apenas o nome dado à causa não reconhecida.

Aristóteles, em sua Metafísica, distingue quatro tipos de causa, material, formal, eficiente e final, mostrando que tudo no Universo tem razão de ser. A ciência moderna confirmou essa lei sob o nome de causalidade, embora a física quântica a relativize ao introduzir o conceito de indeterminação. No entanto, mesmo o indeterminado se move dentro de probabilidades que obedecem a uma ordem superior.

Na ética maçônica, esta é a lei da responsabilidade. O maçom sabe que cada pensamento, palavra ou ação gera uma consequência. Assim como a pedra lançada à água forma círculos concêntricos, os atos humanos repercutem na sociedade e na alma. É o princípio do carma, entendido não como punição, mas como método de ensino espiritual.

O mestre é aquele que age conscientemente, sabendo que seu exemplo é causa de transformação. Na construção do templo social, cada gesto ético é uma pedra bem assentada; cada vício, uma fissura que compromete a harmonia do edifício moral.

Lei do Gênero - A Unidade dos Princípios Criadores

A sétima lei declara: "o gênero está em tudo; tudo tem seus princípios masculino e feminino." Essa verdade, expressa em todas as tradições, transcende a biologia e refere-se a princípios metafísicos: o masculino é a energia projetiva, ativa; o feminino, a energia receptiva, formadora.

No Taoísmo, isso é representado pelo Yin e Yang; na Alquimia, pelo Enxofre e o Mercúrio; na Cabala, por Chokmah[9] e Binah[10]. A Criação é fruto da união desses polos, cuja harmonia produz a manifestação.

Na Maçonaria, essa lei se manifesta na própria estrutura do templo, onde as colunas simbolizam o equilíbrio entre forças opostas. A harmonia entre o raciocínio lógico (masculino) e a intuição (feminina) conduz o maçom ao equilíbrio interior, indispensável à sabedoria.

A compreensão do gênero é também uma lição de tolerância. Reconhecer o masculino e o feminino em si é reconciliar-se com o todo da humanidade, superar preconceitos e entender a diversidade como expressão do Princípio Criador.

O Hermetismo como Método de Ensino Maçônica

As sete leis herméticas não são dogmas; são princípios operativos que orientam o autoconhecimento. Na Maçonaria, elas se traduzem em uma andragogia simbólica, um método de ensino do adulto voltado à transformação interior.

A jornada maçônica é uma aplicação prática dessas leis: o neófito inicia pela ignorância (causa), busca o conhecimento (vibração), enfrenta as dualidades (polaridade), compreende os ciclos (ritmo) e, finalmente, atinge o mentalismo, a consciência de que ele mesmo é o criador de sua realidade.

O perigo moderno é reduzir o esoterismo a formalismo. Quando os rituais se tornam mecânicos e o simbolismo é repetido sem reflexão, o templo interior se esvazia. A Lei do Mentalismo é esquecida, e o homem volta a ser espectador da própria existência. É por isso que o texto hermético é um convite à introspecção: não basta repetir os gestos, é preciso compreendê-los.

A pedra bruta, símbolo do aprendiz, é o ego bruto, cheio de arestas. Lapidá-la é processo contínuo de conscientização. Cada golpe do malho representa um insight filosófico, uma superação moral, uma vibração mais elevada. O Hermetismo recorda que o ouro da alma se extrai do chumbo da experiência.

A Pedra e a Inteligência Espiritual

O símbolo da pedra, presente nas tradições iniciáticas, condensa a essência das leis herméticas. A pedra é o ser humano em estado potencial; dentro dela dorme a forma perfeita, o templo oculto. Lapidar a pedra é despertar a inteligência espiritual, isto é, a capacidade de perceber a unidade subjacente a todas as coisas.

A pedra cúbica, equilíbrio entre plano e volume, entre céu e terra, é o símbolo do homem realizado. O maçom que a contempla reconhece-se como parte do cosmos e do pensamento divino. Essa percepção é o despertar do Mentalismo: perceber que não se é apenas uma criatura dentro do Universo, mas o próprio Universo experimentando a si mesmo.

O Hermetismo, assim como a Maçonaria, ensina que o conhecimento não pode ser moldado em fórmulas fixas. Cada buscador deve decifrar seus próprios símbolos. A sabedoria é experiência viva, não doutrina. Por isso, as leis herméticas não são imposições, mas convites à descoberta pessoal, uma "ciência da alma" que cada maçom deve reconstruir dentro de si.

O Despertar do Espírito Hermético

O Hermetismo e a Maçonaria convergem na mesma meta: a iluminação da consciência. Ambas afirmam que o homem é o espelho de Deus, e que o Universo é um vasto templo de vibrações mentais onde cada ser é um aprendiz do Grande Arquiteto do Universo.

Viver segundo as leis herméticas é viver segundo a razão cósmica:

·         O Mentalismo ensina a pensar com pureza;

·         A Correspondência, a ver unidade em todas as coisas;

·         A Vibração, a harmonizar-se com o fluxo da vida;

·         A Polaridade, a reconciliar os contrários;

·         O Ritmo, a aceitar as marés do tempo;

·         A Causa e Efeito, a agir com responsabilidade;

·         O Gênero, a integrar o masculino e o feminino na plenitude do ser.

O maçom que as compreende transforma sua loja interior em um espelho do cosmos. Sua vida torna-se oração silenciosa, seu trabalho, serviço, e sua mente, templo do espírito.

Na plenitude dessas sete leis, ele descobre que o segredo não está fora, mas dentro de si, na inteligência espiritual que o liga ao Todo. E assim compreende que a Luz que buscava nunca esteve ausente; apenas aguardava o momento de ser reconhecida.

Bibliografia Comentada

1.      ARISTÓTELES. Metafísica. Ed. Bompiani, 2011. Fundamenta a teoria das causas e da finalidade, que se reflete na Lei de Causa e Efeito e na moral maçônica;

2.      CAPRA, Fritjof. O Tao da Física. São Paulo: Cultrix, 2006. Conecta física moderna e filosofia oriental, reforçando a correspondência entre ciência e Hermetismo;

3.      DAWKINS, Richard. O Gene Egoísta. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. Mostra a "inteligência imanente" da vida, ideia que aproxima biologia e mentalismo hermético;

4.      ELIADE, Mircea. O Mito do Eterno Retorno. São Paulo: Martins Fontes, 2001. Explora a repetição cíclica da existência, fundamento da Lei do Ritmo e da iniciação maçônica;

5.      JUNG, Carl G., Psicologia e Alquimia. Petrópolis: Vozes, 1988. Interpreta o Hermetismo como processo psicológico de integração dos opostos - a obra interior do maçom;

6.      NEWTON, Isaac. Opticks (1704). Une ciência e alquimia ao propor que a luz é vibração, antecipando o princípio hermético da Vibração;

7.      PIKE, Albert. Morals and Dogma of the Ancient and Accepted Scottish Rite of Freemasonry. Charleston: Supreme Council, 1871. Clássico maçônico que relaciona o simbolismo hermético com a filosofia moral do Rito Escocês Antigo e Aceito;

8.      PLATÃO. Timeu. Tradução Donald J. Zeyl. Hackett, 2000. O diálogo em que Platão descreve o cosmos como ser vivo dotado de alma racional, antecedendo a Lei do Mentalismo;

9.      PLOTINO. Enéadas. Tradução Émile Bréhier. Les Belles Lettres, 1964. Desenvolve o conceito de emanação e retorno ao Uno, matriz da Lei de Correspondência e da visão mística do ser;

10.  TRISMEGISTO, Hermes. Corpus Hermeticum. Tradução Brian Copenhaver. Cambridge University Press, 1992. Texto basilar do Hermetismo. Apresenta o diálogo entre mente divina e humana, fonte das sete leis espirituais que influenciaram o pensamento esotérico ocidental e a Maçonaria;



[1] Númeno, no kantismo, a realidade tal como existe em si mesma, de forma independente da perspectiva necessariamente parcial em que se dá todo o conhecimento humano; coisa em si, nômeno, noúmeno;

[2] Epistemologia, estudo dos postulados, conclusões e métodos dos diferentes ramos do saber científico, ou das teorias e práticas em geral, avaliadas em sua validade cognitiva, ou descritas em suas trajetórias evolutivas, seus paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a história; teoria da ciência;

[3] "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra, e soprou em suas narinas o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente." (Gênesis 2:7, Bíblia Judaico-cristã, tradução de João Ferreira de Almeida, versão revista e atualizada); a alma é o homem inteiro, corpo e espírito; matéria e energia são iguais em essência;

[4] Um padrão fractal é uma forma geométrica infinitamente complexa e autossimilar, na qual o mesmo padrão se repete em diferentes escalas. Essa propriedade, conhecida como autossimilaridade, faz com que pedaços menores do fractal se pareçam com o todo original, resultando em estruturas intrincadas e belas, encontradas tanto na matemática quanto na natureza, como em árvores, nuvens e no corpo humano;

[5] Epistemologia, em sentido estrito, refere-se ao ramo da filosofia que se ocupa do conhecimento científico; é o estudo crítico dos princípios, das hipóteses e dos resultados das diversas ciências, com a finalidade de determinar seus fundamentos lógicos, seu valor e sua importância objetiva;

[6] Uma egrégora é um conceito do esoterismo ocidental que descreve uma entidade não física ou forma-pensamento que surge da energia coletiva de pensamentos, sentimentos e intenções de um grupo de pessoas. Essa força coletiva pode ser positiva ou negativa e forma uma espécie de "consciência" que influencia o ambiente e os membros do grupo, como a forte energia em um estádio de futebol ou em uma empresa com propósito claro;

[7] "Aurea mediocritas" é expressão latina que significa "mediocridade de ouro" ou "equilíbrio áureo", referindo-se ao ideal de uma vida moderada, que busca o caminho do meio e a felicidade na tranquilidade, evitando tanto os excessos da riqueza quanto as misérias da pobreza. Criada pelo poeta romano Horácio, a locução valoriza a simplicidade e a moderação como fonte de paz e contentamento, opondo-se a aspirações exageradas ou a uma existência desprovida do necessário;

[8] Alquimia é uma prática antiga, que antecedeu a química, focada na manipulação da matéria para transformar metais em ouro (transmutação), criar a pedra filosofal, e buscar a cura de doenças e a imortalidade através do elixir da longa vida. Misturando filosofia, misticismo, e ciência incipiente, a alquimia desenvolveu técnicas laboratoriais como destilação e filtração, cujas conquistas foram fundamentais para o desenvolvimento da química moderna;

[9] Chokmah é um termo hebraico que significa "sabedoria" e é um conceito importante no Misticismo judaico e em outras tradições. Originado da raiz hebraica para "sábio" ou "percepção", Chokmah representa um nível elevado de sabedoria, percepção e entendimento. No contexto da Cabala, Chokmah é uma das sefirot da Árvore da Vida, formando o triângulo superior com Keter e Binah;

[10] Binah, a terceira sephirah (esfera) na Cabala, que simboliza "entendimento", "compreensão" e a "Mãe Superior" que dá forma à sabedoria;

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